*Imagem de Chris Keller do Pixabay
*Imagem de Chris Keller do Pixabay
O Reino Floral, por possuir muita alegria e uma variedade
exuberante de flores, chamou a atenção de um andarilho sátiro chamado Paolo.
Paolo, assim como todas as outras criaturas de sua espécie,
tinha poderes reduzidos, era um ser obsceno, exagerado - um demônio que
habitava lugar desolado e que adorava participar dos cortejos de Dionísio ou
mesmo, misturar-se em farras com os humanos.
Tão belo era o castelo e o jardim do reino que o sátiro
gananciosamente desejou possuir o local e tornar-se o rei das ninfas.
Ambicioso demais pelo poder, Paolo tratou de seduzir a jovem
princesa ninfa chamada Ayn.
Apesar de ser muito sábia e poderosa como todas as ninfas, a princesa não percebeu a real
intenção do sátiro, foi seduzida e casou-se com ele.
Quanto mais o tempo passava, a ninfa notava que o seu marido
tinha comportamentos e pensamentos egoístas e inadequados, apesar de muito
amá-lo, pressentia que Paolo não era merecedor do seu amor.
Desejando se tornar imortal e rei das ninfas, o sátiro pediu
a ninfa que realizasse o seu desejo de ser pai. Porém, Paolo ficou enfurecido
quando o seu primogênito nasceu e na realidade era uma menina e não tinha dom algum, apesar de descender de uma ninfa.
Para os sátiros, apenas os filhos homens são seres com
poderes extremos e por este motivo, capazes de conseguir a progressão
hierárquica no reino.
Então, a criatura maléfica mais uma vez engana Ayn e a
convence de ter outro bebê.
No dia que a ninfa teve a sua segunda filha, Paolo ficou
irado por mais uma vez não conseguir realizar o seu desejo e ignorou totalmente
a existência da ninfa-bebê.
A princesa ninfa, cansada e entristecida com o comportamento
de desdém constante do seu marido,
separou-se de Paolo e este resolveu tentar realizar o seu
desejo conhecendo outros reinos.
Mal sabia a criatura que Uly (a ninfa bebê) nasceria
com os dons do amor, do bem e da transmutação...
Quando a ninfa bebê tinha dois anos e meio de idade, o Reino
Floral estava passando por dificuldades climáticas decorrentes de ações
humanas, motivando a Ayn de se aproximar, conhecer e unir-se ao Reino do Povo
do Ar.
Paolo em suas andanças soube que a sua ex-esposa estava
finalmente sendo feliz e muito amada por Kaha (o príncipe guardião do Reino do Povo do Ar) e com atitude
egoísta, invadiu o Reino das Flores raptando Uly.
Demônio tolo que, sob a influência ignorante do poder, não percebeu
que a ninfa bebê com os seus dons, no final de todo o conflito, seria a
vitoriosa...
Após dois meses, com a ajuda de Kaha, Ayn reencontrou a sua
filha que estava sendo mantida em carcere em uma masmorra suja e abandonada em um reino, muito, muito distante.
Paolo por seu comportamento egoísta, recebeu a punição de
não ter contato mais com as criaturas, nem com o que é belo e afetuoso. Para arrepender-se e evoluir, ele viveria em
um ambiente frio e escuro.
O Reino Povo do Ar unificou-se com o Reino Floral e Uly
tornou-se uma bela ninfa guerreira que utiliza o seu recém-descoberto dom da
escrita para transmutar vidas e garantir que o bem sempre prevaleça entre todos
os seres.
Fim.
Domingo,dia de
reunir a família para confraternizar e é lógico, usufruir daquele almoço super
gostoso feito com todo o carinho de uma mãe.
Das três
irmãs,Adriana é a filha mais espontânea, aquela que age movida pela emoção do
momento.
Estava a família
toda reunida como em todas as tardes de domingo, quando as sobrinhas de Adriana
resolveram pedir para a tia brincar com elas de esconde-esconde.
Talvez tudo teria
sido diferente se a brincadeira fosse realizada em uma casa espaçosa, no
entanto, as crianças inventaram de brincar em um pequeno apartamento de 01
quarto dividido em dois ambientes,01 sala,01 cozinha e um banheiro…
O almoço já tinha
acabado, a sobremesa estava servida e como de costume, o patriarca da família
foi tirar um cochilo no seu quarto. Adriana, sempre muito paciente com as duas
crianças(meninas-03 e 06 anos) começou a sua “jornada para encontrá-las”.
Ocorre que Adriana,
apesar de já ter 21 anos, sempre teve uma mentalidade muito criativa-sabe como
é né? Bem característica de uma futura escritora!
Lany,a menina mais
nova e mais serelepe, resolveu pregar uma peça em sua tia e assim, após
encontrar a menina mais velha-Ênia, atrás da cortina da sala, Adriana foi para
o seu quarto procurar a outra criança.
No quarto, Ênia
estava vibrando pela tia não estar conseguindo encontrar a Lany até que…
Enquanto estava procurando
a sua sobrinha, Adriana resolveu abrir o seu guarda-roupa para se certificar se
a criança não estaria escondida lá, porém, quando abriu o guarda-roupa não
percebeu ninguém a não ser uma cabeça de criança dentro de um casaco longo.
A sobrinha mais
velha riu porque a tia tinha descoberto o esconderijo da outra menina, mas,
também ficou assustada:
A sua tia Adriana
do nada e com uma voz meio embargada e trêmula, começou a falar olhando para o
guarda-roupa: – Aqui não é o seu lugar, volte de onde você veio, vá encontrar a
luz! Isso aconteceu porque quando olhou rapidamente o seu guarda-roupa ao abrir
a porta,Adriana viu a cabeça de uma criança, criança que não tinha nem mãos,
nem pernas e estava “pendurada pelo cabide com o seu casaco preferido.
Sem entender o que
estava acontecendo e já assustado por ouvir a filha falando alto para alguém
encontrar a luz, o pai de Adriana, que estava do outro lado do quarto,
perguntou:
– O que foi? o que
está acontecendo? Foi somente após a pergunta de seu pai que Adriana saiu do
seu transe imaginário e percebeu que aquela figura assustadoramente
fantasmagórica era na realidade a sua sobrinha que havia se escondido dentro do
imenso casaco e estava apenas com a sua cabeça aparecendo.
Passado o grande
susto, todos caíram na risada e essa tornou-se uma lembrança feliz e engraçada
.
Fim.
* Imagem de Pete Linforth por Pixabay.*